quinta-feira, outubro 10, 2024
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[UPDATE] [RUMOR] Steam pode não recomendar mais o Ubuntu, a partir da versão 19.10.

[UPDATE]
É galera, parece que a pressão foi tão grande, que a Canonical reconsiderou o corte abrupto. Tanto é, que ela lançou uma note em seu blog, coisa rara de se ver rsrs. O primeiro trecho, em um tradução livre, foi:

“Graças à enorme quantidade de feedback deste fim de semana dos gamers, do Ubuntu Studio e da comunidade WINE, vamos mudar nosso plano e construir pacotes i386 de 32 bits selecionados para o Ubuntu 19.10 e 20.04 LTS. Vamos colocar em prática um processo de comunidade para determinar quais pacotes de 32 bits são necessários para suportar software legado, e podemos adicionar a essa lista pós-lançamento se perdermos algo que é necessário. As discussões da comunidade podem, às vezes, acontecer de forma inesperada, e essa é uma delas. A questão do suporte ao x86 de 32 bits foi levantada e discutida seriamente em fóruns de desenvolvedores e comunidades do Ubuntu desde 2014. É assim que tomamos decisões.”

Neste comunicado, podemos ver que até o ocorrido, eles realmente não estavam “Ligando” para os usuários domésticos, como abordei no vídeo. Foi só ter a ameaça de perder um grande parceiro, que eles resolveram se mexer. Foi bom por um lado, pois eles viram que tem mercado domestico para crescer, e ruim pq só se mexeram quando tomaram uma porrada bem dada, de alguém maior que eles por sinal kkkkk.

Como eu vi umas pessoas falara, e ate concordo, é que a Canonical se “achou d+” e pensou que era a Apple do mundo Linux, achando que todos iam se curva pra ela e tals. Caiu do cavalo kkkk. Tomara, que agora ela vendo toda essa “polêmica” e reveja as estrategias, pois se ela abrir mercado, nao vai poder fazer essas “mancadas”.

E ahhh…. a matéria completa até hoje (28/06/2019) continua abaixo.

Parece que a Canonical não mediu muito as suas consequências, quando noticiou o fim do suporte a arquitetura de 32 bits. Os frutos “negativos” já começa a aparecer.

Recentemente a Canonical, dona do Ubuntu, fez o anuncio do fim ao suporte para pacotes de 32 bits (i386), já no Ubuntu 19.10, assim “matando de vez” a tecnologia. Fiz um artigo sobre isso la no Diolinux.

Com o fim do suporte a esses pacotes, muitos projetos poderiam “sofrer” para se adaptar, como a Steam, Lutris e o Wine, como os casos mais famosos que poderiam entrar na “dança”. E as reações já começaram.

O primeiro a se manifestar, foi o fundado do Lutris, Mathieu Comandon, em seu Twitter, com a seguinte frase:

https://twitter.com/strycore/status/1142102017411706880
“Se você trabalha na remoção de suporte para jogos antigos em sistemas Linux, eu vou lutar contra você. E eu vou bater em você.”

E complementou :

https://twitter.com/strycore/status/1142185339684941824
“O Lutris runtime é totalmente inútil por si só. Contamos com várias bibliotecas críticas para estarem presentes em um sistema. Esses são fornecidos no nível da distribuição.” .

O segundo a se manifestar sobre a decisão da Canonical, foi Ethan Lee, dev da CodeWeavers (empresa essa que tem parceria com a Valve no Projeto Proton), que deu as seguintes declarações no seu Twitter:

https://twitter.com/flibitijibibo/status/1142204661547618304
“Puxa, considerando que esse tamanho de amostragem tão pequena, não ficarei surpreso o quanto eles ficarão desapontados com os resultados, quando realmente tentarem a ideia já anunciada por um dia inteiro!”

Depois retweetando o tweet do dev da Vavel, com a seguinte frase:

https://twitter.com/flibitijibibo/status/1142283087293931521
“Quando você definitivamente verificou com os desenvolvedores antes de anunciar sua grande mudança para o próximo lançamento do seu sistema operacional

Por fim, o tweet do especialista da Valve, Pierre-Loup Griffais, lançando uma “bomba-relógio” sobre a Canonical, dizendo o seguinte:

Ubuntu 19.10 e futuras releases não será oficialmente suportado pela Steam ou recomendado aos nossos usuários. Vamos avaliar maneiras de minimizar essa ruptura para os usuários existentes, mas também mudaremos nosso foco para uma distribuição diferente, que atualmente ainda não foi decidido (TBD = to be determined).”

Isso até o momento, mostra que a Canonical não teve uma comunicação efetiva com esses projetos. Um exemplo prático disso, seria com os jogos antigos, que dependem de libs de 32 bits para funcionar. Muitos estúdios que desenvolveu os games, ou não existem mais ou não está no escopo de projeto dos que existem, um update para a arquitetura de 64 bits.

Saindo um pouco dos jogos, muitos programas ainda rodam também com libs de 32 bits, e aí caí na mesma “armadilha” dos jogos.

Essas declarações, ainda mais vindo de um especialista da Valve, me pegou de surpresa, pois anteriormente, Will Cooke (diretor de engenharia do Ubuntu Desktop), disse que a Canonical estava em negociação com a Valve, mas …. “pero no mucho”. Mas vamos aguardar até o próximo pronunciamento da Canonical e da Valve, pois perder um grande aliado desse, não seria nada bom para a empresa do Mark Shuttleworth.

Eu espero que a Canonical reveja essa posição e faça uma transição mais suave e dando mais tempo para os desenvolvedores se adaptarem. Creio que isso poderia ser feito daqui duas LTS, não sendo na 20.04 e sim na próxima, pois assim teria tempo hábil para isso.

Se isso não acontecer, muito provavelmente a Canonical, via Ubuntu, vai meio que “perder” usuários domésticos, que pelo visto nunca foi o seu foco (explico melhor nesse vídeo ) para outras distros, como Fedora, openSUSE, Manjaro, Debian e Deepin.

Já as distros que se baseiam no Ubuntu (NÃO AS FLAVOURS), como Mint ; elementaryOS ; ZorinOS ; Pop!_OS, podem sofrer também, ao menos se elas acharem alguma solução para esse impasse (torço bastante que achem rsrs).

E uma que pode estar correndo por fora, como “””a zebra”””, é a distribuição da Steam, o SteamOS, que é baseado no Debian com algumas modificações feitas pela Valve. Se ela “romper” mesmo com a Canonical, ela poderia dar um “gás” maior na sua distro e adaptar ela, para que seja mais amigável ao usuários comuns e que são recém chegados do Windows ou do Ubuntu. Como por exemplo ter uma “Área de Trabalho” ativa (onde você pode manusear como no Mint, Ubuntu e Windows); Drivers de Vídeo da Nvidia atualizado, como no Ubuntu 19.04 que vem com a versão 418.56 e com o Mesa Driver para quem tem placas de vídeo da AMD e Intel; Uma loja ou uma forma de instalar programas, como Telegram / Skype / Chrome / Slack / Discord / Pacote Office e etc. Além de tentar fechar parcerias com os estúdios que não tem staff suficiente para portar o jogo no Linux, a “portarem” para o Proton. Fora as parcerias com as empresas que vendem perifericos para o mundo dos games, como Razer, Logitech, Corsair, Cooler Master e afins. Seria muito legal e interessante ver isso, se acontecer.

Da minha parte, como ainda tenho notebook hibrido (Intel+ NVIDIA), a solução ainda é base Ubuntu, pois estão trazendo facilidades, como abordei nesse vídeo também, e está tendo, até o momento, um rendimento satisfatório. Espero que as outras distro também tragam essa facilidade, sem precisar ficar editando grub, arquivos via linha de comando e afins.

Por fim, se o Ubuntu manter a posição, creio que estarei migrando para alguma distro que tenha um suporte para notebooks híbridos e que rode os jogos sem muito “lero lero”. Como já falei uma vez, se a SteamOS fizer os ajustes que eu acho necessários, eu migro pra distro da Steam. Mas espero que a Canonical reveja isso, pois pelos testes iniciais do Alan Pope (ele ajuda no desenvolvimento do Snap na Canonical), não obteve os resultados desejados, como você pode conferir neste post.

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